O envelhecimento da pele tem basicamente dois componentes: o envelhecimento intrínseco, decorrente da passagem natural do tempo e o envelhecimento extrínseco, provocado por fatores ambientais que interagem com a pele. Dentre eles, o mais conhecido é o chamado fotoenvelhecimento, causado pela exposição ao sol.
O envelhecimento intrínseco (cronológico) acompanha o processo ocorrido também com outros órgãos diante da degeneração natural do corpo e não tem relação com fatores ambientais. Com o passar dos anos, as células diminuem sua capacidade de renovação e cai drasticamente a produção das fibras de colágeno e elastina, que conferem firmeza e tonicidade. Assim, a pele perde elasticidade e se torna mais fina e flácida, passando a apresentar rugas. A menor atividade das glândulas sudoríparas torna a pele mais seca, e a diminuição da microcirculação sanguínea reduz sua vitalidade e luminosidade. Além disso, efetuamos todos os dias mais de 1.500 contrações faciais, que marcam a epiderme na forma de linhas finas e rugas de expressão. O processo de envelhecimento cronológico acentua as rugas de expressão, que tendem a ficar mais profundas e marcadas.
Já o fotoenvelhecimento tem características que o diferenciam do envelhecimento cronológico da pele. Apenas a pele que foi cronicamente exposta à radiação UV é que apresentará os sinais do fotoenvelhecimento (áreas da pele que costumam ser cobertas pelas roupas ou protegidas do sol não apresentam tais sinais). Ao penetrarem na derme, os raios ultravioletas provocam quebra das fibras colágenas. Se na juventude a pele consegue corrigir naturalmente essas alterações provocadas pelo sol, na maturidade já não é mais possível reverter os danos. Conforme o tempo passa, a pele incorretamente reconstruída forma rugas e adquire um aspecto “curtido”, apresentando manchas acastanhadas.
Vale lembrar que os efeitos provocados pela exposição ao sol são cumulativos. Estima-se que recebemos 80% de toda a radiação solar da vida até os 18 anos, e os danos causado pelos excessos na infância e adolescência só serão percebidos anos depois. Daí a importância de se estimular o uso do protetor solar desde cedo.
A pele fotoenvelhecida difere significativamente da pele que enfrentou apenas o envelhecimento cronológico. Enquanto uma pele envelhecida pela passagem do tempo apresenta textura mais lisa, ligeiramente atrofiada, com rugas discretas e sem manchas, a pele fotoenvelhecida tem superfície mais áspera e espessa, repleta de manchas e de rugas acentuadas. Uma forma clássica de se atestar a extensão do fotoenvelhecimento é comparar o aspecto de uma parte do corpo mais exposta à radiação solar (como o rosto ou as mãos) e de outra mais protegida, como abdome. A diferença entre ambas é marcante.
Outros fatores ambientais relacionados ao envelhecimento extrínseco da pele são os relacionados à produção de radicais livres, como tabagismo, consumo exagerado de álcool e estresse.
Adotar um estilo de vida saudável, com o controle do estresse, a prática de exercícios físicos e alimentação balanceada, rica em vegetais e alimentos antioxidantes – que conseguem reduzir a concentração de radicais livres – são práticas que, ao lado da proteção solar, contribuem para prevenir o envelhecimento extrínseco.
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