Câncer de pele

O câncer de pele se divide em dois tipos: o não melanoma e o melanoma.

O câncer de pele se divide em dois tipos: o não melanoma e o melanoma.


Não Melanoma

O câncer de pele não melanoma é o tipo mais frequente em humanos. Representa 30% de todos os cânceres diagnosticados no Brasil, com quase 177 mil casos por ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). A exposição solar é o principal fator de risco, mas não é o único.

O termo câncer de pele não melanoma se refere a uma série de doenças, das quais as mais comuns são o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular. Apesar da alta prevalência, ambos são tumores com baixa taxa de mortalidade e alta possibilidade de cura, especialmente quando diagnosticados em estágios iniciais.

A baixa letalidade do câncer de pele não melanoma faz com que muitas pessoas subestimem o perigo da doença. No entanto, apesar de pouco agressivos, os carcinomas cutâneos deixar cicatrizes inestéticas caso não sejam devidamente tratados, ou, mais raramente, até mesmo provocar o óbito. Portanto, é necessário dedicar toda atenção à doença e seus sinais de alerta.

Carcinoma Basocelular (CBC)

O carcinoma basocelular (CBC) representa até 70% dos casos de câncer da pele. É o tumor cutâneo mais comum, mas também o menos agressivo, com menor chance de formar metástases, ou seja, se espalhar para outros órgãos do corpo. Surge nas células basais, localizadas profundamente na epiderme, a camada superior da pele. Cresce lentamente, tem baixa mortalidade e altos índices de cura quando descoberto precocemente.

O CBC é mais comum em áreas do corpo mais expostas ao sol, como rosto, pescoço, tronco, extremidades etc. O nariz é a localização mais frequente. Normalmente se parece com um nódulo ou ferida, tem aspecto perolado e cor branca, rosa, bege ou marrom. Eventualmente, pode sangrar.

Apesar da baixa letalidade, o CBC pode provocar cicatrizes desfigurantes caso não seja tratado em tempo. Embora mais frequente a partir dos 60 anos, sua incidência entre as pessoas com menos de 40 anos aumentou nas últimas décadas, por causa do hábito de bronzear a pele e fazer bronzeamento artificial.

Fatores de risco

  • Histórico de exposição excessiva ao sol ou uso de câmaras de bronzeamento
  • Ter pele, olhos ou cabelos claros
  • História pessoal ou familiar da doença, exposição excessiva ao sol
  • Sistema imunológico enfraquecido por infecções, transplantes ou tratamento de câncer
  • Imunossupressão (sistema imunológico enfraquecido pela realização de transplantes ou tratamento oncológico ou infecções)
  • Síndromes genéticas, como o xerderma pigmentoso

Prevenção

Medidas de fotoproteção simples, como evitar se expor nos horários de radiação ultravioleta forte, uso diário de filtro solar, não fazer bronzeamento artificial, usar acessórios e roupas com proteção, ajudam a prevenir o CBC. Além disso, é importante realizar periodicamente o autoexame da pele. Se encontrar qualquer sinal suspeito, procurar imediatamente um dermatologista. Por fim, lembre-se: o autoexame não substitui a avaliação de um médico.

Carcinoma Espinocelular (CEC)

Segundo tipo de câncer de pele mais prevalente, o carcinoma espinocelular (CEC) representa 25% dos tumores cutâneos. Tem origem nas células escamosas, que estão na camada mais externa da epiderme. Pode surgir em qualquer região do corpo, sendo mais comum nas áreas expostas ao sol: rosto, orelhas, pescoço, couro cabeludo, costas e ombros.

O CEC com frequência se desenvolve a partir de ceratoses actínicas. Em geral, se parece com uma ferida persistente, que não cicatriza, é áspero, descamativo, espesso e podem sangrar. Também pode ser parecido com uma verruga. É comum a região atingida ter sinais visíveis de dano solar. Mudança de cor em pintas e enrugamentos são outros sinais de alerta importantes. Quanto maior o tamanho, maior a chance de a doença recorrer.

Embora também tenha baixa letalidade e alta chance de cura quando diagnosticado precocemente, o CEC é mais agressivo que o CBC e tem maior risco de se espalhar para outros órgãos. Assim, atenção aos sinais de alerta é fundamental, para que haja mais rapidez no diagnóstico.

Fatores de risco

  • Histórico de exposição excessiva ao sol ou uso de câmaras de bronzeamento
  • Ter pele, olhos ou cabelos claros
  • História pessoal ou familiar da doença, exposição excessiva ao sol
  • Sistema imunológico enfraquecido por infecções, transplantes ou tratamento de câncer
  • Imunossupressão (sistema imunológico enfraquecido pela realização de transplantes ou tratamento oncológico ou infecções)
  • Síndromes genéticas, como o xeroderma pigmentoso

Medidas de fotoproteção simples, como evitar se expor nos horários de radiação ultravioleta forte, uso diário de filtro solar, não fazer bronzeamento artificial, usar acessórios e roupas com proteção, ajudam a prevenir o CBC. Além disso, é importante realizar periodicamente o autoexame da pele. Se encontrar qualquer sinal suspeito, procure um dermatologista. Por fim, lembre-se: o autoexame não substitui a avaliação de um médico.


Melanoma

O câncer de pele melanoma é o menos comum, porém mais perigoso. Representa menos de 5% dos casos de câncer de pele, entretanto provoca a maior parte dos óbitos. Anualmente, são previstos 8.450 casos e mais de 1.800 óbitos provocados pela doença no Brasil, segundo o INCA.

Melanoma

A origem do melanoma são os melanócitos, as células produtoras da melanina, pigmento que determina a cor da pele. O tumor surge principalmente em adultos de pele clara e está relacionado à exposição solar e à predisposição genética.

Diferentemente do CBC e do CEC, o melanoma é um tumor agressivo, com grande facilidade para formar metástases e se espalhar para outros órgãos do corpo, especialmente cérebro, fígado e pulmões. Entretanto, felizmente tem mais de 90% de possibilidade de cura quando descoberto e tratado precocemente.

Tipos principais

O melanoma se divide em quatro subtipos principais:

Melanoma extensivo superficial

Subtipo mais comum, pode surgir em homens e mulheres. Normalmente atinge camadas mais superficiais da pele e cresce mais lentamente. Em geral tem a aparência de pintas assimétricas, que misturam diferentes cores.

Melanoma lentiginoso acral

Não diretamente relacionado à exposição solar, é comum em afrodescendentes e asiáticos, surge nas unhas, nas palmas das mãos ou plantas dos pés. Pode ter a aparência similar a uma pinta ou um machucado, o que pode contribuir para atrasar o diagnóstico.

Lentigo Maligno

Melanoma superficial não invasivo, de crescimento lento, mais comum após os 60 anos. Surge principalmente em áreas fotoexpostas, com destaque para o rosto, a cabeça e o pescoço.

Melanoma Nodular

Subtipo mais agressivo. Mais comum em homens. Em geral tem a forma de uma lesão alta e delimitada. Pode ter ulcerações e sangrar.

Fatores de risco

  • Histórico pessoal ou familiar de melanoma
  • Histórico de exposição excessiva ao sol
  • Uso de câmaras de bronzeamento (aumento de mais de 70% no risco)
  • Histórico pessoal ou familiar de outros tipos de câncer de pele
  • Ter mais de 50 pintas espalhadas pelo corpo
  • Histórico de síndromes genéticas
  • Doença de Parkinson

Sinais de alerta

  • Pintas ou sinais com bordas irregulares
  • Pintas ou sinais assimétricos assimétricas
  • Pintas ou sinais com diferentes cores
  • Pintas ou sinais com diâmetro superior a 5 mm
  • Feridas que não cicatrizam em mais de um mês
  • Pintas que sangram, coçam, mudam de cor, formato, espessura ou tamanho

É fundamental fazer regularmente um autoexame na pele, sem esquecer nenhuma parte. Vale a pena pedir ajuda a alguém para visualizar as áreas difíceis de observar sozinho, como as costas ou o couro cabeludo. Caso encontre qualquer anormalidade, procure orientação de um médico dermatologista imediatamente.

Quanto mais cedo o melanoma for descoberto, maior a possibilidade de sucesso do tratamento e maiores as chances de tratar a doença apenas com cirurgia. Melanomas diagnosticados e tratados em estágios iniciais têm mais de 90% de chance de cura. Tumores avançados ou metastáticos têm menor potencial de cura e exigem terapêuticas mais caras e complexas. No entanto, as opções de tratamento para a doença avançada tiveram uma evolução considerável na última década, com o surgimento de novas e promissoras alternativas.

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